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Egberto Gismonti ao piano. Foto: Robson E. V. Mafra

Egberto Gismonti & OABS no Guairinha

Show realizado no auditório do Guairinha, em Curitiba, nos dias 7 e 8 de janeiro de 2023.

Egberto Gismonti & Orquestra à Base de Sopro (OABS) de Curitiba realizaram duas apresentações, nos dias 7 e 8 de janeiro de 2023 no Guairinha.

Após apresentações na Capela Santa Maria, e nas cidades de Brasília e Florianópolis, em 2022, o espetáculo voltou à Curitiba para registro da projeto iniciado em 2015.

O áudio e vídeo do show foram captados durante a segunda noite de apresentação, para que o registro seja lançado em CD e DVD.

O repertório dos shows contou com composições de diversas fases da carreira de Egberto Gismonti, com versões adaptadas por Sérgio Albach e Sebastião Interlandi Jr, músicos da OABS de Curitiba.

A apresentação de Egberto Gismonti com a Orquestra teve a atuação do compositor como solista ao piano e algumas músicas como regente. Ao final da apresentação Gismonti também tocou a sua peculiar flauta norueguesa de PVC na música Forró.

No intervalo entre as músicas Egberto Gismonti contou algumas histórias de fatos que marcaram sua trajetória, como a história da letra e composição da música Água e Vinho. Ao piano também realizou homenagens à Astor Piazzolla, Tom Jobim e Pixinguinha.

Egberto Gismonti

Egberto Gismonti é um músico, multi-instrumentista e compositor brasileiro, nascido na cidade do Carmo no interior do Rio de Janeiro.

Por pertencer a uma família de músicos, de origem árabe e italiana, Egberto começou a estudar piano ainda na infância. Aprendeu a identificar as notas musicais em partituras simultâneamente à alfabetização, pois a leitura e escrita das músicas era algo tão comum em sua família quanto a leitura das palavras. Ainda na infância, contudo, aprendeu francês como língua estrangeira.

Durante a adolescência estudou piano, flauta, clarinete, violão e piano, no Conservatório Brasileiro de Música. Ainda jovem foi para França, pois recebeu convite de Marie Laforêt para atuar como arranjador e regente da orquestra que acompanhava a cantora. O trabalho possibilitou Gismonti estudar música dodecafônica com Jean Barraqué, e análise musical com Nadia Boulanger.

Gismonti voltou ao Brasil, pois foi orientado por Boulanger, para pesquisar e e explorar as origens da música Brasileira. Estudou músicas folclóricas e indígenas do Brasil, passando um breve período no Alto Xingu com o grupo indígena iaualapitis, contudo criou uma sonoridade única, misturando o clássico, o contemporâneo e o folclórico.

Com mais de 50 álbuns gravados durante a carreira, lançou seu primeiro trabalho em 1969. Em suma todos os álbuns de Egberto Gismonti, mesmo os gravados em estúdio, foram gravados como apresentações ao vivo, apenas em dois canais, com todos os músicos tocando simultaneamente, sem cortes e edições nas músicas.

Egberto Gismonti & Orquestra à Base de Sopro (OABS). Foto: Robson E. V. Mafra
Egberto Gismonti & Orquestra à Base de Sopro (OABS). Foto: Robson Mafra
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